O meu exemplo de vida.

28 01 2010

De onde vem a força.

O padrão de comportamento do homem sempre foi modificado com o decorrer das décadas e séculos que foram se passando e cada vez mais, o homem tem se superado no objetivo de buscar a perfeição em tudo o que se faz. Isso faz com que tenhamos que criar novas regras, mudando assim todo o estilo de comportamento que se fazia vigente.

No quesito tecnologia, o homem simplesmente fascina ao desenvolver constantemente novas técnicas de se fazer o possível e até o que se pensa impossível.

Na faculdade de administração, aprendi que devemos sempre olhar e analisar as situações em um ângulo de 360° graus. Para quem está lendo e não costuma imaginar as palavras, essa análise é como se estivesse em um jogo de bilhar. E em cada tacada, o jogador analisa a jogada antes de jogar, concentrado, imaginando jogadas futuras e dando voltas em torno da mesa sem abaixar a defesa.

Fico pasmo ao ver a forma como vivemos hoje em dia, porque quando analisamos os cenários da vida real, percebemos que ainda há muito a se fazer para melhorar o padrão e a qualidade de vida das pessoas que vivem atualmente em nossa sociedade.

Sempre fui um homem pobre, sem muitas posses, meus pais sempre me deram criação humilde, me ensinando a dar valor na dignidade. Sempre pensei no quanto as pequenas coisas trazem um imenso prazer para a nossa forma de pensar e viver, um sorriso de criança, um dia ensolarado, um gole de água para matar a sede. Essas coisas não tem preço, e são de graça!

Quando na infância, minha mãe sempre explicava os problemas financeiros e falava o quanto gostaria de nos dar uma vida melhor, isso me ajudou a aprender a enfrentar os problemas. Meu irmão sempre foi um grande amigo e companheiro de conversas nos momentos difíceis e tenho nele o exemplo de um modelo a se seguir.

Após a separação dos meus pais (eu tinha 14 anos na época), comecei o trilhar minha carreira profissional como patrulheiro do C.A.M.P. (Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de São Bernardo do Campo, ligado ao Rotary Club International) e tive um inicio profissional muito interessante.

Após concluir o curso de formação, consegui entrevistas em algumas empresas, e fui aprovado no Frigorífico Marba, uma empresa que faz uma famosa mortadela brasileira, atuava como contínuo e tirava xérox nas horas em que não estava fazendo a correspondência circular.

Atuei em mais duas empresas então aí entrei na maioridade e as coisas começaram a ficar difíceis.

Atingi a maioridade sem ganhar minha carta de motorista, sem ter um carro, um apartamento, nenhum bem em meu nome que pudesse me orgulhar.

Já cheguei a me achar um fracassado por que não havia conseguido conquistar as coisas que sempre sonhei na minha infância.

Sempre acreditei que querer é poder e que nossa fé pode mover montanhas.

Então decidi que sempre iria aproveitar as oportunidades gratuitas que aparecessem.

Estudei através de um programa de bolsas de estudos brasileiro, que possibilita a entrada de pessoas de baixa renda em universidades particulares arrumei uma vaga na Faculdade Tijucussu. A Faculdade Tijucussu, fica em uma cidade vizinha à minha chamada São Caetano do Sul. Muitas vezes, quando não tinha o dinheiro da passagem, andava de bicicleta por mais de 16 km somente para ir, além de trabalhar durante o dia para poder ajudar em casa.

Nunca fui de abaixar minha cabeça para os problemas e deixar se levar pelo impulso que a vida nos leva.

Aprendi que as coisas boas e as maiores oportunidades da vida surgem, quando fazemos as coisas que não queremos fazer.

Lembro-me de uma ocasião quando sofri um acidente e tive de por uma tala de gesso na perna esquerda, não podia tocar o chão com o pé e para me locomover utilizava muletas. Permaneci assim por uns três meses. Os três meses finais do ano letivo da faculdade, com muitas provas e trabalhos para entregar. As muletas me ensinaram que paciência e calma são coisas imensuráveis, e que às vezes, não damos valor para o que devemos dar.

Para mim, é importante sim que todos os seres humanos escolham e optem pelo que querem fazer ou seguir durante sua vida toda. Assim poderemos melhorar a qualidade da mão de obra, com profissionais capacitados e satisfeitos, e seres humanos felizes por fazerem aquilo o que mais gostam.

Optei por estudar, sempre estudei e ainda não parei. Estudo de dia e de noite, analisando cada situação, aprendendo com cada detalhe que a vida coloca no caminho de cada um. Minha mente se satisfaz em saber os porquês de tudo o que circunda a nossa volta. Outro dia lendo a Bíblia Sagrada, me deparei com o seguinte texto bem no começo, na introdução do gênesis:

O bem e o mal: Tudo o que Deus cria é bom; o mal entra no mundo através da auto-suficiência do homem, e se desenvolve e cresce até afogar o mundo, salvando-se apenas uma família. Com Abraão inicia-se uma etapa em que o bem vai superando o mal até,  que por fim e através do próprio mal, Deus realiza o bem, que é a vida.”

Isto não parece familiar? Não precisamos estudar tanto para perceber a devastação que o homem faz todos os dias. Enquanto fazemos campanha antifumo, milhões de reais são angariados pelos setores automotivos e de construção. Destruímos muito mais do que plantamos, consumimos, e não produzimos e o lucro sempre é levado para bancos de investimentos no exterior.

 As portas estão abertas, é só você escolher qual delas vai querer entrar.

Não acredite que a vida é uma questão de sorte, por que não é. É você quem faz o seu caminho, e você só pode conseguir, se você quiser.


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